top of page

Chatô é mais que o Carnaval


Francisco Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, nasceu em 5 de outubro de 1892, em Umbuzeiro na Paraíba, sua carreira jornalística toma forma em 1915 com sua mudança para o Rio de Janeiro quando começa a trabalhar no “Correio da Manhã”.

Em 1920 cria o jornal “Diários Associados”, em 1924 torna-se diretor de “O Jornal”, em 1925 assume o “Diário da Noite”, em 1927 cria a revista “O Cruzeiro”, em 1928 a revista “A Cigarra” e torna-se patrono do jornal “Estado de Minas”e em 1929 inaugura o “Diário de São Paulo.”

Chatô era um ser político e propunha um novo molde que surgia através da “Aliança Liberal” a qual foi representada por Getúlio Vargas. Apesar de ambos em determinado momento da história terem gerado desavenças, existia uma atração por eles pelo classicismo, eu diria que a posterior oposição que os jornais de Chatô fizeram a Vargas nada pareciam com o apoio anterior que Chatô deu através dos seus veículos midiáticos a mudanças no país que pôs Vargas no poder.

O Espírito Vanguardista foi defensor da mais nova posição política do Brasil, o qual demostrava um país pleno para negociar e investir no progresso e ainda apresentar seu mais novo gosto por arte e música, entretanto, que sentimento foi esse que ocasionou a desavença com Vargas que de algum modo produziu a instabilidade de Chatô na alta sociedade? Em 1931 Chatô cria a agência de notícias “Meridional” em 1944 cria a Radio Tamoio, em 1947 termina a obra do museu MASP com empréstimos bancários e em 55 cria a Radio Tupi, a TV Tupi e a TV Borborema.

O modernismo passa a coagir todo o comportamento cultural da época, logo uma nova realidade que assumia disformemente a condensação de antigos conceitos que passaram a se transformar como carrancas e dar lugar a exuberância simplista de um modo que está a se ver, que está a se relacionar consigo para se prontificar diante uma plateia real que sai de um lar de aurigas imortais para o plebiscito do povo.

Chateaubriand era um executivo, advogado e jornalista brasileiro o qual administrou sua vida através do seu apreço pela mídia e pela arte, logo se envolveu com as finanças e tornou-se um homem importante mas também envolvido em escândalos.

Um de seus maiores talentos era entrevistar, envolver-se com assuntos do povo e considerações políticas. Aos seus 39 anos de idade já havia adquirido sucesso!

Chatô era comunicativo e enfrentava o que viesse pela frente, Em 1952 torna-se senador da Paraíba e em 1955 senador pelo Maranhão, logo após surge a promessa de Chatô assumir a embaixada brasileira na Inglaterra no Governo de Juscelino Kubitschek, em 1957, o que lhe gera ânimo.

No universo de Chatô, tudo era festejado, ele era demasiado dramático, envolvido em muitas intrigas, dívidas e compromissos oficiais, sua vida além de trepidante emocionalmente, era uma prática de noticiar e estabelecer seus objetivos com seus jornais, Chatô era um empresário, visual irreverente, tinha um temperamento explosivo e era muito audacioso. Dono de muitos jornais Chatô foi símbolo do noticiário brasileiro.

bottom of page